São Paulo: alta tímida no consumo de calcário afeta produção de carne

O consumo de calcário no estado de São Paulo teve uma alta no ano passado. Porém, o salto de pouco mais de 3,6% pouco altera os resultados do agronegócio no estado, que poderiam ser melhores.

Um dos setores afetados é a produção bovina. Áreas usadas em pastagens ainda apresentam solos degradados, afetando a ocupação por bovinos, avalia João Bellato Júnior, presidente do Sindical – sindicato que congrega as indústrias paulistas produtoras de calcário.

O agronegócio de São Paulo consumiu perto de 5,5 milhões de toneladas de calcário em 2022. O resultado ficou próximo de 2021, quando foram 5,3 milhões de toneladas.

“A alta ainda é muito pequena frente ao necessário. Em São Paulo, a maior necessidade de calagem ocorre nas áreas que foram ocupadas por pastagens e hoje estão degradadas pela falta de manutenção. Na grande maioria, os proprietários são pecuaristas de pequeno porte que não vislumbram que o incremento que o manejo do solo adequado resulta na maior ocupação por bovinos”, afirma Bellato.

Para Bellato, “o estado de São Paulo tem um grande percentual de suas terras traduzidas por pastagens degradadas”. Nesse post, falamos da importância da calagem para a pecuária, que começa com a análise de solo – clique aqui.

Boas perspectivas em 2023

Porém, a questão da calagem é nacional. Também presidente da associação nacional dos produtores de calcário, Bellato diz que as entidades do setor buscam ampliar a divulgação institucional da prática principalmente entre os pequenos agricultores e pecuaristas, além dos órgãos públicos.

Há perspectivas de avanços nos próximos meses. “Os ganhos que estão proporcionando a cultura de soja e milho têm incentivado alguns produtores a transformar suas áreas de pastagens em áreas agrícolas. E isso certamente influenciará no consumo de corretivo no decorrer deste ano de 2023”, avalia Bellato.

“De forma geral, todo o segmento está à espera de bons resultados, com um crescimento no consumo de São Paulo por volta de 10%”, estima o presidente do Sindical.

O sindicato paulista também tem acompanhado a inflação interna do setor. “Os custos das empresas produtoras continuam pressionados. Todavia, houve uma pequena acomodação de valores no que diz respeito aos fundidos, combustíveis e lubrificantes”, relata Bellato.

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